coser ovos/ trançar palavras. do rompimento com o mundo e da (ainda) esperança de sobrevivência. alcanço tua medida, teu encaixe: mas todo movimento te cabe como ato-falho. receba esta caixinha (de costuras) – meu lançar-se aos pés da vida, teu abismo. Ovos cosidos, 2014 Casca de ovo, linha de algodão e caixa de ovos. 15,5x11,5x 7,5cm (fechada) 15,5x25x7,5cm (aberta) | feito cancro. as marcas de meus dedos sobre tuas várias faces, os reflexos de teu desaparecimento. multiplica-se, enrijecido. multiplica-se e, pois, morto. todo delírio em nós ultrapassa essa linha: casca orgânica de meus olhos, feito agulha alimentada, atada, conotada à solidão. não há válvulas: espaços de fôlego? Da série: Quando nascer ou (morrer) não é uma escolha, 2015. Casca de ovo, atadura gessada, agulha e linha de algodão. 5 x 5 x 6,5 cm | feito cancro. as marcas de meus dedos sobre tuas várias faces, os reflexos de teu desaparecimento. multiplica-se, enrijecido. multiplica-se e, pois, morto. todo delírio em nós ultrapassa essa linha: casca orgânica de meus olhos, feito agulha alimentada, atada, conotada à solidão. não há válvulas: espaços de fôlego? Da série: Quando nascer ou (morrer) não é uma escolha, 2015. Casca de ovo e linha de algodão. 16 x 7 x 30 cm (medidas aproximadas) |
feito cancro. as marcas de meus dedos sobre tuas várias faces, os reflexos de teu desaparecimento. multiplica-se, enrijecido. multiplica-se e, pois, morto. todo delírio em nós ultrapassa essa linha: casca orgânica de meus olhos, feito agulha alimentada, atada, conotada à solidão. não há válvulas: espaços de fôlego? Da série: Quando nascer ou (morrer) não é uma escolha, 2015. Casca de ovo, atadura gessada, agulha e linha de algodão. 5 x 5 x 6,5 cm |
Do lugar (in)habitável, Laura tece os fragmentos que recolhe criando espaços de tensão entre masculino e feminino, natureza e cultura, rejeição e pertencimento. Nessa tangência de opostos, a busca por uma possível - e sustentável – subjetividade ou, ainda, seu rompimento.
Bruna Freitas |